Uma nova técnica para a cirurgia de coluna oferece menos risco e uma recuperação mais rápida para o paciente. O tratamento apresentado num congresso, em São Paulo, pode baratear a os custos da operação.
A nova cirurgia minimamente invasiva, que assusta bem menos. A diferença da nova técnica começa pelo tamanho do corte. São cerca de seis milímetros, enquanto, no método tradicional, seriam de dois a cinco centímetros.
O acesso à coluna do paciente é feito por um pequeno tubo (endoscópio). Por ele passam a câmera, que vai guiar o médico, e os instrumentos cirúrgicos.
Uma pinça é usada para retirar o tecido que está pressionando o nervo e causando dor. Na sala de cirurgia, o paciente é o centro das atenções, mas os olhos do médico não estão voltados para ele.
“Acaba olhando pra tela e vendo seus movimentos como se você tivesse jogando um videogame, coisas da nova geração mesmo”, disse o neurocirurgião Marcelo Perocco.
A grande vantagem dessa cirurgia é que ela é menos invasiva. O paciente toma anestesia local e geralmente, no dia seguinte, já está em casa, andando e sem dor. Com a técnica convencional, ele ficaria de três a quatro dias internado.
“Rápido retorno à atividade normal, então existe um grande beneficio não só pro paciente, mas pro social”, disse Pil Sun Chui, presidente do congresso.
Reunidos num simpósio em São Paulo, médicos acompanharam ao vivo a cirurgia para aprender e aprimorar a técnica. “A nossa briga é pra levar isso pra rede pública o quanto antes pra beneficiar o maior numero de pacientes, de cidadãos”, espera o ortopedista Wilson Dratcu.
Esta técnica inovadora já vem sendo utilizada pelo Neurocirurgião Dr. Alexandre Amaral, Diretor Médico do Centro Multidisciplinar da Dor (www.centrodador.com.br) e responsável pelo Ambulatório de Neurocirurgia Funcional e Dor do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Ele comenta sobre as vantagens desta cirurgia: “É um procedimento minimamente invasivo. É feita com anestesia local e o paciente fica acordado o tempo todo. Os riscos são muito menores, tem um baixo custo e a recuperação é muito mais rápida. Porém esta cirurgia não cura o paciente, ou seja, precisam ser identificados os fatores que levaram ao surgimento da hérnia e tentar corrigi-los”, ressalta.
Dr. Alexandre acredita que esta cirurgia não vem para substituir os outros tipos de cirurgia de coluna e, na dor crônica, não irá curar o paciente. Para conseguir o melhor resultado em todos os aspectos, o Dr. Alexandre apenas realiza esta cirurgia se o paciente se comprometer a realizar um programa multidisciplinar de reabilitação, que hoje é o mais indicado para tratar a dor.
Dr. Pablo Valverde aponta a necessidade de um programa de reabilitação e prevenção, que envolve a quiropraxia, fisioterapia, acupuntura e saúde mental, o paciente deve receber orientações de prevenção, hábitos diários e como lidar com a dor incapacitante, além de exercícios e orientações para suas atividades, principalmente aquelas que podem aumentar o risco de hérnias de disco.
Referências:
Dores crônicas – O blog da dor crônica – Cirurgia de Endoscopia da Coluna para tratar hérnia de disco postado em 23, julho, 2010
http://dorescronicas.com.br/cirurgia-de-endoscopia-da-coluna-para-tratar-hernias-de disco/
Entrevista recente no Jornal Nacional.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/07/nova-tecnica-para-cirurgia-de-coluna-oferece-menos-risco.html
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